Uso de novos fármacos aumentam as chances de sobrevida de pacientes com câncer

Uso de novos fármacos aumentam as chances de sobrevida de pacientes com câncer

Alguns das substâncias que vem sendo testadas são a PSMA-Lutécio e a proxalutamida

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O Brasil registra mais de 600 mil casos de câncer por ano. A subnotificação, porém, pode aumentar esse número. Profissionais da saúde alertaram que, desde 2020, a pandemia da Covid-19 pode ter multiplicado a quantidade de casos não registrados.

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A doença tem aumentado 20% nos últimos 10 anos no país e figura como a segunda causa dos óbitos de brasileiros. Apesar dos dados alarmantes, a pesquisa voltada para o tratamento e o desenvolvimento de novas drogas contra as diversas formas de câncer ainda engatinha no país.

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Um dos poucos estudos promissores com drogas envolve a ,PSMA-Lutécio – substância desenvolvida na Alemanha que chegou ao Brasil. Os estudos são voltados para o combate a câncer de próstata. A proteína constitui uma molécula que tem sua expressão aumentada na superfície das células cancerígenas da próstata. Alguns resultados das pesquisas foram apresentados no Congresso Americano de Oncologia, realizado este ano, em Asco.

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Tratamento com proteína aumenta a sobrevida de pacientes

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Os números mostram que o tratamento com a droga pode, de maneira efetiva, prolongar a sobrevida dos pacientes. Outra vantagem da PSMA-Lutécio reside no fato de ser menos tóxica do que a tradicional quimioterapia, única opção nos estágios mais avançados. Outros efeitos positivos, como a redução de dor, foram verificados em cerca de 60% dos doentes tratados com a droga.

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Outra notícia promissora vem do tratamento do câncer de pele – o tipo de tumor mais frequente no Brasil. Um estudo coordenado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) descobriu que a manipulação do sistema nervoso por meio de fármacos pode ser um caminho para lutar contra a doença. Os cientistas já sabiam que neurônios sensoriais, responsáveis por sentidos como o paladar e o tato, se infiltram nos tumores. A novidade é que, em camundongos transplantados com melanoma que passaram por um processo de superativação dos neurônios sensoriais, conseguiram reduzir o tumor. Já os animais com os mesmos neurônios desativados sofreram com ao avanço do melanoma.

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Proxalutamida vem sendo testada em pacientes nos EUA e na China

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Em outros países, como China e Estados Unidos, um antiandrogênio não-esteroidal, o GT0918, vem sendo testado com sucesso em pacientes com câncer. A substância é mais conhecida como proxalutamida. Apesar de não terem chegado à fase final, os estudos conduzidos em pacientes com câncer de próstata mostram bons resultados. Na China, a pesquisa vem sendo conduzida pelo laboratório Suzhou Kintor Pharmaceutical Inc com o objetivo de avaliar a segurança, a tolerabilidade e a farmacocinética no tratamento do câncer de próstata resistente a castrados metastáticos (mCRPC).

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