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A resposta é obviamente a negativa, os cientistas não são obrigados a saberem se comunicar, por exemplo, num programa de televisão, no mundo digital ou escrevendo notícias e outras coisas afins.
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É claro que isso pode se tornar um diferencial, como foi durante a pandemia com acensões de profissionais que se tornaram verdadeiros comunicólogos com colunas, programas e presentes em inúmeras mídias sociais. Porém isso não é a regra.
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Para a ciência prosperar em debate público da melhor forma, o ideal é que isso seja construído com uma estrutura de assessoria de imprensa ou profissionais de relações públicas dando suporte. Esse trabalho interdisciplinar se evidencia cada vez mais fundamental, ao constatar que ideolização dos temas abordados pela ciência e o uso das novas tecnologias de comunicação para se criar ruídos transformou o cenário muito mais ameaçador do que acolhedor.
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Assim com a atribuição correta das tarefas o cientista pode focar na sua pesquisa, enquanto o especialista da comunicação passa a ter como compromisso o diagnostico dos prováveis problemas associado ao assunto, o ajuste das palavras para se transmitir com maior exatidão e na gestão de crise quando a informação é retransmitida com polêmica.
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Ademias, um cientista também precisa se precaver de qualquer exposição errônea da pesquisa e de si próprio. Há consequências desproporcionais quando o tema é ainda uma novidade ao público. Semana passada funcionários da Anvisa e seus familiares foram ameçados por militantes negacionistas. Não se tem mais dúvida do perigo real que está atribuído qualquer situação que tende a entrar em questões mais polarizadas.
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Todo cuidade é pouco nesse novo mundo. Por isso fica a reflexão aqui que se estende na compreensão dessa necessidade para: Como fazer isso ser possível?
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