Ômicron: cientistas analisam a eficácia das vacinas atuais

Ômicron: cientistas analisam a eficácia das vacinas atuais

Laboratórios também estão desenvolvendo imunizantes focados no combate à nova variante

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A linhagem B.1.1.529, batizada de Ômicron e classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma “variante de preocupação” da SARS-CoV-2, oferece um risco elevado de reinfecção. Embora a OMS tenha pensado que inicialmente se tratava de uma cepa de origem africana, novas evidências dão conta de que ela já estava presente na Europa. A cepa já é responsável pela maioria das infecções encontradas na província mais populosa da África do Sul, Gauteng.

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Pesquisas científicas comprovam que a Ômicron é rica em mutações. Um dos estudos, conduzido na Itália, no hospital Bambino Gesù, em Roma, comparou as estruturas das variantes Delta e Ômicron. A mais recente apresentou mais mutações do que a anterior, concentradas na área ligada às células humanas.

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Variante ainda não causou óbitos, mas tem alto potencial de causar reinfecções

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A boa notícia é que ainda não foram registrados óbitos decorrentes da Ômicron. Apesar disso, a OMS destaca o potencial da nova variante de escapar da imunidade induzida tanto por vacinas e por infecções anteriores. A nova variante também exige importantes ações por parte dos governos, alerta a OMS. Entre essas ações, estão o compartilhamento de sequências de genoma; a comunicação de casos e mutações e a realização de pesquisas de campo e de análises laboratoriais para melhor compreender os impactos, a epidemiologia, e a efetividade de medidas de saúde pública. A intensificação da aplicação da vacina em grupos vulneráveis também deve ser realizada pelos órgãos de Saúde.

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A necessidade de se desenvolver novos medicamentos e novas vacinas já está sendo levantada e pesquisada por cientistas. As farmacêuticas BioNTech, Moderna e Johnson&Johnson, por exemplo, anunciaram que já trabalham para desenvolver vacinas contra a Covid-19 que terão como alvo específico a Ômicron, caso os seus imunizantes existentes não sejam eficazes contra a nova variante do coronavírus. A preocupação dos especialistas é que 32 das 50 mutações da nova variante se encontram na proteína spike, uma parte do vírus usada pelas vacinas para reforçar o sistema imunológico contra a Covid-19.

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O CEO da Moderna, Stephane Bancel, afirmou ao Financial Times que pode acontecer uma “queda considerável” na eficácia das vacinas atuais contra a nova cepa. De acordo com ele, resultados de testes sobre a eficácia das vacinais contra a Ômicron já estarão disponíveis nas próximas duas semanas.

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