Pesquisas brasileiras sobre medicamentos contra a Covid estão em risco

Pesquisas brasileiras sobre medicamentos contra a Covid estão em risco

Corte de R$ 690 milhões deixou comunidade científica apreensiva com risco de paralisar estudos

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Embora o Brasil tenha perdido 616 mil vidas para a Covid-19, a pesquisa científica no país sofre cada vez mais cortes. Pesquisadores ,lamentaram o corte de mais de 90% dos recursos prometidos para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). O montante retirado chega a R$ 690 milhões A decisão da redução drástica partiu do Ministério da Economia, mas os parlamentares também aprovaram a medida. O futuro da ciência brasileira fica cada vez mais comprometida, assim como pesquisas e testes com substâncias e medicamentos que podem ajudar no combate ao novo coronavírus.

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Cientistas chegaram a colocar em dúvida a própria manutenção do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A entidade financia uma séria de pesquisas e estudos voltados exclusivamente para o enfrentamento da SARS-CoV 2. O objetivo das pesquisas é desenvolver novas vacinas e medicamentos para enfrentar a doença. As 12 pesquisas selecionadas pela CNPq/MCTI/BRICS-STI, por exemplo, recebem um investimento total de R$ 7,2 milhões. A origem da verba está no MCTI, no Fundo Nacional de Saúde (FNS) e no Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

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Remédios eficazes e atualmente em uso foram testados com verbas de pesquisa

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Entre as substâncias atualmente em estudo no Brasil e em outros países para o tratamento da Covid, estão o molnupiravir, a ivermectina, a hidroxicloroquina, a dexametasona, a plitidepsina e a proxalutamida. Diversos medicamentos hoje aprovados para eliminar o vírus do corpo em ambiente hospitalar foram testados em pesquisas científicas e clínicas, tais como o Remdesivir, o Baricitinib e o Regn-CoV2.

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A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a Academia Brasileira de Ciências (ABC), a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) e a Academia Nacional de Medicina (ANM) divulgaram uma nota conjunta de alerta. As quanto entidades afirmam que a manobra do corte feita pelo governo é ilegal. Além disso, tais entidades estudam quais medidas cabíveis poderão ser tomadas para reverter a decisão.

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A União Nacional dos Estudantes (UNE) também se pronunciou, declarando que a medida decreta o “fim da produção de ciência no Brasil”

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“Apelamos a todos os parlamentares para que seja dado um basta nos desvios de recursos da ciência brasileira. O Brasil precisa de ciência, precisa de tecnologia, precisa de inovação, precisa de educação. E é inaceitável que os recursos destinados para o setor sejam desviados para outras funções, à revelia da legislação”, diz o comunicado da UNE.

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