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Um surto de gripe H3N2, que começou no estado do Rio de Janeiro, tem causado um grande aumento de internações no país. Dores de cabeça, vômitos, febre, tosse, coriza e diarreia estão entre os sintomas mais comuns. O H3N2 é um subtipo do vírus da influenza, nome científico do vírus da gripe. A epidemia de H3N2 já atinge 10 estados do Brasil.
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Ao compararmos os números absolutos do sistema de saúde da capital fluminense, concluímos que o H3N2 gerou mais óbitos do que o próprio vírus da Covid-19, em dezembro de 2021. No mês passado, 17 pessoas morreram por Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) provocada por Covid, enquanto 33 faleceram de influenza, informa a Prefeitura do Rio de Janeiro.
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Em São Paulo, as internações na rede pública de saúde pela nova gripe representavam 25% do total das causadas por síndrome respiratória. A Secretaria municipal de Saúde reforçou seu estoque de medicamentos eficazes contra a gripe, como o tamiflu e a dipirona, e contratou 280 profissionais de saúde para reforçar suas equipes.
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Os médicos recomendam a quem apresentar sintomas leves que permaneça em casa, em repouso. É importante se hidratar e manter uma alimentação leve. Medicamentos para amenizar dores e febre podem ser ingeridos. A ajuda médica deve ser procurada imediatamente em caso de falta de ar e febre alta e persistente – especialmente no caso de crianças, idosos e portadores de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão.
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O vírus influenza circula pelo planeta com três tipos que afetam a população humana (A, B e C). O H3N2, por sua vez, é uma nova cepa do subtipo A, o principal causador de epidemias. A cepa foi batizada de Darwin por ter sido identificada pela primeira vez na homônima cidade australiana. No Brasil, foi detectada pela primeira vez pelo Instituto Oswaldo Cruz (RJ). As letras H e N do nome do vírus se referem às proteínas hemaglutinina e neuraminidas.
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A vacina da gripe disponível atualmente nos postos de saúde brasileiros não oferece garantias de proteção contra a variante H3N2 Darwin. Por isso, o Instituto Butantan informou que está produzindo uma nova vacina que irá conter o subtipo Darwin. A previsão é que as vacinas cheguem ao SUS em 2022. O novo imunizante trivalente será composto pelos vírus H1N1, H3N2, do subtipo Darwin, além da cepa B.